Santos se anima com chance de voltar à Série A no tapetão
O Campeonato Brasileiro vive uma ameaça de paralisação após fortes denúncias afirmadas pelo presidente do Botafogo, John Textor. Uma CPI foi instaurada no Senado Federal Brasileiro sobre o caso e investigações apontam suposta manipulação de resultados no Brasileirão de 2023.
A CPI de Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas pode contar com até 13 pessoas convocadas para uma nova sessão secreta ainda sem data definida, que deve ocorrer em Brasília. Entre os convocados pelos senadores, está o ex-árbitro Glauber do Amaral Cunha, investigado por envolvimento em caso de propina.
Os requerimentos foram assinados pelos senadores Romário (PL/RJ), Jorge Kajuru (PSB/GO), Carlos Portinho (PL/RJ) e Eduardo Girão (NOVO/CE). Glauber foi citado por John Textor, dono da SAF do Botafogo, de estar presente nos áudios que comprovariam uma propina envolvendo manipulação em jogos.
O senador Jorge Kajuru, que também é o presidente da CPI das manipulações de jogos e apostas esportivas, endossou o pedido da ANAF (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) para que o Campeonato Brasileiro de 2024 seja paralisado.
O senador Kajuru afirmou que tem o apoio da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República (PGR) para seguir com as investigações. Além disso, o senador também afirmou que o atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, será julgado nesta quarta (24) sobre um processo relativo ao seu afastamento em 2023.
Caso sejam comprovadas todas as acusações impostas por Textor referente ao Brasileirão de 2023, o campeonato pode vir a ser anulado. Neste caso, o Santos pode ser beneficiado e retornar a Série A pelo “tapetão”. A ANAF emitiu uma nota oficial, que foi assinada por Salmo Valentim, presidente da associação. Leia a nota emitida.
“Não há outro caminho: É PRECISO PARAR O BRASILEIRÃO 2024 antes que faça o VAR virar caso de polícia. Tenho recebido numerosos telefones de julgados insatisfeitos e já há um grupo volumoso que deseja, em protesto ao que está ocorrendo, interrupção do campeonato brasileiro já nas próximas rodadas.
Tudo isso ocorre graças a um show de horrores onde o protagonista principal é o ex-afastado presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que está mais preocupado com o seu volumoso salário na entidade, do que, por exemplo, em pagar as ÁRBITRAS que estão trabalhando de graça para a CBF. Desde o ano passado, a arbitragem feminina atua sem receber em diversos torneios femininos nacionais. Isso mostra bem o retrocesso que sua gestão causa ao futebol e à arbitragem brasileira.
Eu já disse algumas vezes que Wilson Seneme está despreparado para estar no cargo que substituiu sem nenhum projeto. Aliás, qual a formação acadêmica dele?
Não precisa ser especialista no assunto para atestar que o ex-diretor de julgados da Conmebol, demitido sob pressão de alguns países, por bom senso, diante de tudo o que estamos vendendo e vivendo, no mínimo deveria ser afastado. Ele não tem comando e fez a arbitragem brasileira chegar ao fundo do poço, sendo exposto no Senado Federal por um dirigente inconsequente que mesmo sem provas, insiste em dizer que o Brasil possui julgados que manipulam resultados. Isso não pode ser apenas o VAR sob suspeita, pois pode gerar sérios prejuízos à imagem da arbitragem.
Pelo bem do futebol, o BRASILEIRÃO precisa ser paralisado! E uma boa parcela de julgados está disposta a dar grito esse de liberdade por não aguentarem mais tamanha indiferença e pouco por parte do presidente da CBF que em respeito ao futebol deveria ter vergonha na cara e renunciar”.